Sobre as silepses
Quando a vida anda dura
Eu me poeto
Me poeto pra nao doer
E me abraço nas palavras
Como se fossem redes
À beira da praia
Quando tentam me roubar
Esse pequeno prazer
Trazendo sílabas repetidas
Eu me agarro nas metáforas
E me jogo nas metonímias
Ninguém precisa saber
Das minhas hipérboles cuido eu
Já disse ao coroneis
Já disse aos cacetetes
Já disse aos carcereiros
Deixa!
Das minhas elipses, das minhas silepses,
Dos meus sonhos cuido eu.
Quando a vida anda dura
Eu me poeto
Me poeto pra nao doer
E me abraço nas palavras
Como se fossem redes
À beira da praia
Quando tentam me roubar
Esse pequeno prazer
Trazendo sílabas repetidas
Eu me agarro nas metáforas
E me jogo nas metonímias
Ninguém precisa saber
Das minhas hipérboles cuido eu
Já disse ao coroneis
Já disse aos cacetetes
Já disse aos carcereiros
Deixa!
Das minhas elipses, das minhas silepses,
Dos meus sonhos cuido eu.
Um comentário:
Cara, muito boa, Iasmin! Um verdadeiro grito de liberdade da escritora! Tem vezes que nos sentimos assim, e nada como escrever nesses momentos.
Que bom que ainda temos dentro de nós esse grito!
:)
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