domingo, 23 de março de 2014

Naqueles dias em que o céu engolfa as estrelas e tudo vira escuro e luz.

Nos teus lábios meu botão se abre
Abre como a metáfora na boca do poeta
E minha carne quente tremula em sua saliva suave
Que me sorve
Como quem não quisesse parar de beijar.
E me sinto apertar o corpo
Fecho os olhos com afinco
Seus cabelos negros roçam em minhas pernas
Como o dia que toca a noite no começo do crepusculo
Estou quase perto do nada
Estou quase perto do fim
Seguro a mão do silêncio absoluto
A sua me toca devagar
Até que tudo se explode em fogos de artifício.

Um comentário:

Bruno Moraes disse...

Erótico e sombrio! Muito bonito, Iasmin! Não conhecia sua face poetisa, e estou gostando muito do que ela tem produzido ;)