Abre como a metáfora na boca do poeta
E minha carne quente tremula em sua saliva suave
Que me sorve
Como quem não quisesse parar de beijar.
E me sinto apertar o corpo
Fecho os olhos com afinco
Seus cabelos negros roçam em minhas pernas
Como o dia que toca a noite no começo do crepusculo
Estou quase perto do nada
Estou quase perto do fim
Seguro a mão do silêncio absoluto
A sua me toca devagar
Até que tudo se explode em fogos de artifício.